quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Minha Origem

Não ficou muito tempo omitida a minha origem. Uma colega do curso perguntou muito emocionada:
- Você é filha de Serpa?
Respondi que sim e ela desmanchou-se em elogios e entregou-me um livro que ela havia escrito e ele feito o posfácio. O nome dela é Cora Corinta e havia sido aluna dele na FACED/UFBA.
Esse fato me fez refletir sobre o que meu pai sempre dizia: "Não vou deixar nada para vocês (casa, carro, etc), mas o meu nome".
Sim, nome não no sentido literal, mas no que tem por trás disso: orgulho e admiração pelo caminho que escreveu durante toda sua vida.
Ainda não vi ninguém falar sobre ele sem emoção e admiração. Hoje vejo o quanto ele tinha razão em relação ao "nome".
Por isso, acredito que o fato de conviver com ele e a paixão pelo exercício docente podem ter plantado uma semente da Educação em mim. Esse tempo todo essa semente esteve na estufa até germinar agora.
Era um professor reflexivo. Questionava, estudava e ria de si mesmo, anarquizando a sua própria prática, mas o essencial é que mantinha a curiosidade e a alegria pelo exercício da profissão.
Para ele, pouco importava se ganhasse R$10,00 ou R$10.000,00, o que queria era estar inserido no processo de ensino-aprendizagem, semear dúvidas e perguntas nas cabeças de quem o escutava, era fazer as pessoas acordarem.
Por essas e outras, tornou-se minha inspiração nessa estrada.

2.2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário