domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mudanças positivas ou negativas?


Nesse sábado, 23/02/2013, começaram as aulas ou encontros presenciais. Foram apresentadas algumas mudanças quanto à avaliação.
Em primeiro lugar, as turmas calouras vão ter esses malfadados encontros presenciais de 15 em 15, enquanto nós continuamos toda semana. Questionei isso com alguns colegas e, em sua maioria, a turma concorda com essas aulas semanais, pois são momentos para dirimir dúvidas e anseios. Feliz deles porque esses encontros nunca me deixaram mais tranquila, ao contrário, geraram mais dúvidas, anseios e angústias. Até porque nesses sábados, quando são abordados conteúdos de outras disciplinas, são discutidos sem ser simultâneos às atividades avaliativas. Então, para que?
Algumas mudanças, acredito, poderá ajudar no nosso desenvolvimento. Uma delas é a questão de só ter uma atividade. Antes, com duas, o tempo nos atropelava. Quanto à refacção, também acho que foi uma boa medida ter abolido, pois se cria uma postura mais independente e autônoma do aluno (não sei se é um hábito meu desenvolvido na UFBA). Vale ressaltar que isso será importante se, ainda, a nota for acompanhada do feedback, para que entendemos a linha do professor.
Entretanto, a inovação de avaliar a participação no AVA, fiquei com muitas dúvidas descritas a seguir:
- Que critérios serão usados para avaliar a participação de cada aluno no fórum? Por exemplo, a simples postagem, mesmo que superficial, no fórum já lhe possibilita pontuar?
- No primeiro e segundo semestres, participei de alguns fóruns de algumas disciplinas, porém nem mesmo o professor e/ou tutor comentou ou fez considerações a respeito. Falava no vazio. Como o professor, agora, avaliará a participação de 30, 40, 50 alunos no fórum? Ou seja, com poucas participações, ele não conseguia acompanhar, imagine com essa mudança...
- Essa questão me leva à última dúvida: o AVA suportará essa sobrecarga, já que, com pontuação na participação no fórum, será criada uma significativa demanda.
Penso ser estranha essa medida, pois para desenvolver professores reflexivos e questionadores não é ético se utilizar de pressão para dialogar, mas estimular a consciência dos alunos e através do exemplo durante a formação.
Fora isso, "tudo como antes, no quartel de Abrantes": turma agitada, com uma postura de debater tudo até se o azul é claro ou escuro, discussões cíclicas que, muitas vezes, impedem um encontro mais produtivo.

2013.1