segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Direitos Autorais

Cartaz produzido em parceria com o colega Everaldo para a Disciplina Comunicação, sobre Direitos Autorais.

2.2011

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cultura e cultura

"Dar-te-ei finalmente os beijos meus
Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus.
Esses embalam... esses secam... mas esses ficam."
(Dar-te-ei - Marcelo Jeneci)

"O batom que eu gosto
Pra eu te beijar
Use aquele perfume
Pra me enfeitiçar
Uma flor nos cabelos
Hoje eu quero te amar"
(Hoje eu quero te amar - Cesar Augusto)


Em que a música de Marcelo Jeneci tem de melhor que a outra música, regravada como Arrocha?
Não há melhor, mas sim expressões.
Lendo uma reportagem na Revista Vida Simples (edição 0114/ janeiro 2012), sobre o brega, lembrei das aulas de Sociedade, Cultura e Educação.
Durante esse semestre foram trabalhados os conceitos de cultura, identidade e a relação com a educação.
A cultura, do ponto de vista antropológico, é resultado de tudo que o homem produz, seja material ou imaterial: religião, danças, tradições, memória e até música.
O triste é que fomos "educados" a fazer juízo de valor, como se existisse cultura e Cultura.
Segundo Da Matta (1999)

'Há a idéia da Cultura (com “c” grande) e há a “cultura” (com “c” pequeno). (...) a “Cultura” canibaliza as “culturas”, fechando espaços para manifestações locais e singulares, quase sempre lidas como “atrasadas”, “ingênuas”,“primitivas” e, naturalmente, “desinformadas”, “elementares” e “subdesenvolvidas”.' 

Voltamos ao ponto inicial: o Brasil, um país com diversidade cultural, mas em que a cultura é instrumento de dominação ideológica. Valoriza-se a "Cultura" e deprecia-se a "cultura", nessa mesma em que se enquadram Arrocha e o Pagode.
Hoje a "cultura" está se libertando, não precisa mais da legitimação dos "cultos". Isso tem mudado graças às novas tecnologias e à democratização da comunicação, que, apesar dos pontos tão criticados, trouxe a possibilidade de emancipação da 'cultura dos excluídos'.
Além disso, até a "Cultura" tem utilizado referências da "cultura". Basta olhar a música 'Dar-te-ei' com temática brega, mas roupagem moderninha.
Outros exemplos são os estilos com sobrenome universitário: forró universitário, sertanejo universitário, etc.  Ainda não sei ao certo se é também uma forma de tornar a cultura popular aceitável por parte da elite. Novamente Da Matta (1999): a "Cultura" canibalizando a "cultura".
Mas e nós educadores?
Cultura é identidade, é o que somos, o que valorizamos e o que queremos.
No cotidiano escolar, estamos em contato com identidades, logo culturas, muitas vezes, desvalorizadas pelo jogo de dominação ideológica.
Sem preconceitos ou juízo de valor, devemos mediar a construção da estrada para o exercício da cidadania por essas pessoas. Através da educação, o discente aprende a se conhecer, a fortalecer e a valorizar a sua identidade.
Mais fortes, fica mais fácil articular mudanças.

2.2011

Referências:

DA MATTA, Roberto. A dualidade do conceito de cultura. Jornal O Estado de São Paulo, 19/05/1999.

SOUZA, Tatiane dos Santos. Cultura e desenvolvimento local: reflexões sobre a experiência do Programa Viva Nordeste. Dissertação (mestrado) – UFBA, 2008.

SANTANA, Noemi Pereira de. Aula 2 – Cultura e Socialização. In: UNIVERSIDADE SALVADOR - UNIFACS. Módulo da disciplina Sociedade, Cultura e Educação: curso de Pedagogia. Salvador: Unifacs EaD, 2011 p. 83 a 94. Disponível em: <http://www.ead.unifacs.br/moodle/file.php/2947/aulas/sce_aula2.html>


domingo, 22 de janeiro de 2012

Projeto Pessoal

A segunda atividade da Disciplina PPP1 (Pesquisa e Prática Pedagógica) foi um "Projeto Pessoal".
O formato de um Projeto de Trajetória Profissional, para mim, não era novidade, já que na empresa em que trabalho participei de um curso com esse objetivo. Lá foi abordada a questão do autoconhecimento, do perfil profissional, da empregabilidade e áreas da empresa que se enquadram às minhas características. Ao final, traçamos a um plano com metas a serem atingidas em 5 anos.
Para essa atividade, o mais difícil foi saber que para um pedagogo há inúmeros espaços para atuar além da escola: hospitais, sites, editoras, ONG's, empresas, entre outras. Fiquei cheia de dúvidas e questionamentos. Li vários textos sobre as atividades, o perfil de cada área, qual o caminho a ser traçado.

“A Pedagogia é mais ampla que a docência, educação abrange outras instâncias além da sala de aula, profissional da educação é uma expressão mais ampla que profissional da docência, sem pretender com isso diminuir a importância da docência” (PIMENTA, 2002, p. 30).

A princípio me apaixonei pela Pedagogia Social que trabalha com projetos de vida no sentido mais amplo. O educador deve ter uma práxis comprometida com a transformação social. Também pode trabalhar na gestão e planejamento de projetos sociais. Os ambientes de trabalho são instituições sociais e ONG's. Trata de cidadania.
Para a empresa em que trabalho, o mais interessante é a Pedagogia Empresarial. Nesse caso, também trabalhamos com projetos de vida, mas a amplitude menor. Por que ? Porque se trata de adequar o projeto de um funcionário aos objetivos da empresa. Não tem função de transformação social.
Resolvi, então, assumir a minha indecisão, mostrando as possíveis áreas de escolha.
Tracei meu Plano de Trajetória Profissional pensando nos 2 primeiros anos pesquisar, conversar com profissionais, conhecer e experenciar.
Após esse prazo, consolidar minha decisão e daí escolher a especialização.
Essa atividade exigiu muito de autoconhecimento, pesquisas e conversas interiores e solitárias.
Acredito que no decorrer do curso, o caminho vai ficando mais definido (pelo menos, é o que espero!).
Se quiserem dar uma espiada, fiquem à vontade!

2.2011












quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Fanzine

O primeiro trabalho na Disciplina PPP 1 (Pesquisa e Prática Pedagógica) foi um fanzine sobre Educação. Deveria ser feito em grupo.
Não sabia nem o que era fanzine. O primeiro passo foi pesquisar. Descobri que, ao pé da letra, é toda publicação feita por um fã. Hoje, engloba qualquer publicação sobre um determinado assunto, de caráter amador e sem fins lucrativos.
Bem, o meu grupo foi Everaldo, Lucy Meire, Meiry Nádia e Rose - "De Olho no Foco". Acabamos por escolher esse mesmo nome para o fanzine.
No primeiro encontro, escolhemos assuntos, as figuras e os textos a serem utilizados. Aliás, muitos dos textos já estavam escritos de outras discussões em sala de aula.
Chegando em casa, utilizando minha experiência como designer, montei o fanzine.
Depois apresentamos em sala, arracando risadas e aplausos.
O melhor dessa atividade foi unir "coisas" que gosto de fazer, como pesquisar (conhecer sobre fanzines), trabalhar com design e arte (criatividade) e escrever/estudar (sobre Educação). Foi a mesma sensação de uma criança que ganha um brinquedo tão desejado e esperado.
Apreciem o resultado!
2.2011

















quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

II Seminário: a Licenciatura na UNIFACS


Participei do Seminário na UNIFACS em 13/10/2011.
Foi minha primeira experiência acadêmica no curso de Pedagogia.
A mesa-redonda foi sobre "Profissão e Formação Docente", em que participaram as professoras Tereza Cristina, Claudia Vaz e Sílvia Rita.
A profa. Tereza fez uma explanação sobre a "Constituição Histórica da Formação Docente".
A profa. Sílvia Rita falou sobre os tipos de formação, entre elas a política (saberes práticos x saberes teóricos / eu pessoal x eu profissional), a pedagógica (professor reflexivo) e a permanente (a continuada).
Já a profa. Claudia Vaz discorreu sobre os "Saberes Necessários à Profissão Docente". Foi muito interessante!
Ela apresentou o cenário atual, inclusive a desigualdade entre educação infantil, fundamental e ensino médio.
Falou sobre as funções da educação, como emancipar, construir conteúdos e superar dicotomias. Também defendeu a profissionalização do professor como forma de suplantar o conceito de altruísmo na docência.
Ainda indicou autores para nossa formação, entre eles (Selma Garrido) PIMENTA, (Philippe) PERRENOUD e ANASTASIOU.
Depois veio a palestra com a profa.Maria Paquelet sobre "O Cuidar e o Educar na Ação Docente".
De forma descontraída, nos apresentou o que é Cuidar (respeitar individualidades / ter atitude para colocar limites) e Educar (ajudar alguém a entender a vida, o mundo e as pessoas).
Ainda enfatizou que a ação docente requer  formação acadêmica, muito estudo, teorias pedagógicas, atenção, cuidado, afeto e disposição.
A profa. Paquelet ainda nos brindou com muitos exemplos de sua prática docente.
Participei também da oficina de leitura com a profa. Renata Carvalho.
E, finalmente, a palestra "Currículo na Educação Infantil" com a profa. Patrícia Paim.
Essa foi muito boa e esclarecedora inclusive para minha experiência como mãe.
A referida profa. apresentou o contexto da Educação Infantil:
-tradição assistencialista
-conteúdos obrigatórios
-comemorações de datas sem teor significativo
-senso comum com as crianças (qualquer um pode ser professor da educação infantil/ ter instinto materno)
-sem planejamento
E também apresentou o ideal:
-a indissociabilidade entre o cuidar e educar
-participação das famílias
-respeito aos princípios éticos (autonomia), políticos e estéticos.
O que mais me intrigou foi o fato do professor da educação infantil também ser visto como mediador de aprendizagem. Não é seu papel listar atividades e decidir tudo a priori, mas garantir a participação das crianças na escolha das atividades.
Além disso, não é um trabalho de improviso e, sim, que exige planejamento de horários, espaços, materiais e intenções.
Foi um dia longo e cansativo, entretanto, muito proveitoso e que me fez borbulhar de "inquietações e nenhuma certeza", conforme palavras da profa. Claudia Vaz.

2.2011

Minha Origem

Não ficou muito tempo omitida a minha origem. Uma colega do curso perguntou muito emocionada:
- Você é filha de Serpa?
Respondi que sim e ela desmanchou-se em elogios e entregou-me um livro que ela havia escrito e ele feito o posfácio. O nome dela é Cora Corinta e havia sido aluna dele na FACED/UFBA.
Esse fato me fez refletir sobre o que meu pai sempre dizia: "Não vou deixar nada para vocês (casa, carro, etc), mas o meu nome".
Sim, nome não no sentido literal, mas no que tem por trás disso: orgulho e admiração pelo caminho que escreveu durante toda sua vida.
Ainda não vi ninguém falar sobre ele sem emoção e admiração. Hoje vejo o quanto ele tinha razão em relação ao "nome".
Por isso, acredito que o fato de conviver com ele e a paixão pelo exercício docente podem ter plantado uma semente da Educação em mim. Esse tempo todo essa semente esteve na estufa até germinar agora.
Era um professor reflexivo. Questionava, estudava e ria de si mesmo, anarquizando a sua própria prática, mas o essencial é que mantinha a curiosidade e a alegria pelo exercício da profissão.
Para ele, pouco importava se ganhasse R$10,00 ou R$10.000,00, o que queria era estar inserido no processo de ensino-aprendizagem, semear dúvidas e perguntas nas cabeças de quem o escutava, era fazer as pessoas acordarem.
Por essas e outras, tornou-se minha inspiração nessa estrada.

2.2011

domingo, 8 de janeiro de 2012

Estamos prontos para conviver com a diferença?

Nos encontros de PPP1 (Pesquisa e Prática Pedagógica), aos sábados, sempre tem trabalhos em grupo. A minha equipe é composto por Lucy Meire, Meiry Nádia, Rosemery e Everaldo.
Somos pessoas que já tem alguma familiaridade com textos científicos e isso tem nos facilitado nas atividades em sala. Lemos e discutimos rapidamente, ficando com tempo disponível para conversar sobre amenidades.
Porém, temos observado uma postura estranha da turma referente ao meu grupo (De Olho no Foco).
Todas as vezes que se fez necessário entrar mais alguém na nossa equipe, ninguém se prontificou.
Isto aconteceu diversas vezes, cheguei a comentar com a tutora, que não teve uma explicação para tal fato.
Lucy Meire, em um dos sábados, sondou algumas colegas da turma e teve a resposta imediata: "são metidas".
Nós intimidamos as colegas, talvez por termos uma postura de "quem sabe tudo" (?), segundo elas. Fiquei horrorizada!
Nunca havia sido julgada dessa forma, já fui chamada de "fechada", "pouco sociável", "lerda", etc. Entrou mais um vocábulo para minha coleção.
Mas me questionei: por ter experiências e conhecimentos diferentes, devo ser isolada?  Não estamos em uma turma de futuros docentes? Não devemos privilegiar a troca, a interação com o diferente?
Vamos também adotar desde já uma postura reflexiva, questionar nossas práticas e posturas, procurar resolver conflitos através da observação e análise do dia-a-dia.
Segundo Contreras (1997), a prática dos professores deve ser analisada considerando que a sociedade é plural (diversidade) e desigual socialmente, economicamente, culturalmente e politicamente. Por essa razão, devemos ter essa capacidade de analisar o cotidiano sem julgá-lo, mas para encontrar soluções. Vamos praticar desde já.
Já estou começando a fazer minha parte: o que fez as colegas pensarem dessa forma em relação a nós? Que sinais transmitimos? O que faltou? E como dirimir esse abismo?
Esse é o caminho: o da reflexão.

2.2011

Fonte: 
SEIXAS, Maria Luiza Coutinho. Aula 05 – Docência e Cotidiano Escolar. In: UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS. Módulo da disciplina Temas Profissão e Formação Docente. Salvador:Unifacs EaD, 2011, p. 177 a 180.

EAD? Pedagogia? E presta?

É, nos ambientes familiar e de trabalho sofri preconceito ao escolher o curso de Pedagogia e ainda na modalidade EAD: "Por que não Serviço Social?" "EAD? É a maior enrolação!" "É bom que não precisa estudar". E tantas outras opiniões equivocadas...
O que mais tenho feito é estudar.
Achei  que não teria disciplina , mas tenho tido bastante e estou desenvolvendo uma grande autonomia, buscando textos e livros que me acrescentem conteúdos e questionamentos.
Descobri, além disso, que gosto de estudar, alimenta minha auto-estima, faz-me sentir inteligente, pensante e crítica.
Acima de tudo, estou me conhecendo. É um profundo processo de autoconhecimento.

2.2011

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Por que Pedagogia?

Eu poderia dar mil motivos, mas vou citar apenas alguns.
O mais objetivo deles é a possibilidade de crescimento na empresa em que trabalho. O ramo de projetos sociais está expandindo, criando vagas para graduados em Pedagogia, Serviço Social, Psicologia e Ciências Sociais. Ainda há a possibilidade da Educação Corporativa.
Depois vem os motivos, talvez mais intrínsecos e genuínos, entre eles, a questão do "traço familiar". Meu pai foi um grande educador e tenho dois irmãos também nessa área, ou seja, sempre esteve presente no meu cotidiano, inclusive frequentando as aulas que meu pai ministrava. Hoje, sinto que sempre tive esse desejo.
Outra causa eu associo ao meu filho Felipe, 4 anos. Ao me tornar mãe, "ativou" os meus sentidos para as crianças. Sim, tal qual não foi minha surpresa quando iniciei o curso de Pedagogia - Unifacs, na Disciplina "Temas Selecionados de Educação", na aula "05 - Pedagogia - Escolha Marcada pelo Gênero", a Profa. Tereza Cristina Fagundes discorria sobre os motivos desse curso ser predominantemente feminino. Entre os pontos, estava a construção histórica e social que atrelava à Pedagogia a adequação das atividades femininas, como uma extensão de sua casa: mãe-mulher-esposa-professora, conciliação dos papéis femininos.
Fiquei tão triste por estar reforçando essa imagem de que a Pedagogia é feminina e "que tenho jeito para isso porque sei cuidar de crianças" ou "porque brincava de escolinha quando pequena".
Entre tantas razões para escolher essa área, a mais inovadora e que quebra esses paradigmas é a da Pedagogia Empresarial.
Essas referências teóricas me fizeram também 'abrir a cabeça' no sentido de encarar a Educação como algo profissional e não altruísta ou de apenas uso doméstico.
Fortaleceu a minha motivação de estudar e fazer do meu caminho/processo uma estrada bem trabalhada, com conteúdo e buscando valorizar essa área tão importante, mas tão desvalorizada. Parafraseando a profa. Fagundes, depende de nós mesmas ressignificarmos nosso curso.
2.2011

Fonte: 
FAGUNDES, Tereza Cristina Pereira. Aula 05 – Pedagogia - Escolha Marcada pelo Gênero. In: UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS. Módulo da disciplina Temas Selecionados de Educação: curso de Pedagogia. Salvador:Unifacs EaD, 2011, p. 289 a 301.